Oftamologia

Envelhecimento ocular:
a evolução na abordagem da catarata

20/09/2018


Saiu na Mídia: Entrevista Dra. Marcela Cypel

A oftalmologia vem mostrando um interesse e uma atenção específica para o envelhecimento ocular. A denominada OftalmoGeriatria não é uma sub-especialidade dentro da oftalmologia mas sim uma forma direcionada de olhar as alterações oftalmológicas mais freqüentes nos idosos, discutir suas prioridades e proporcionar melhorias para estes (políticas de prevenção, organizar campanhas, orientar o dia a dia no consultório e investir em pesquisa científica).

Dentro deste conceito sabemos que uma das doenças oftalmológicas mais freqüentes nos idosos é a catarata senil. É uma doença curável e vamos usá-la como exemplo no Portal deste mês para falar de tratamento e recuperação de pacientes idosos na área da oftalmologia; afinal, nos últimos 15 anos observamos grandes mudanças nas suas formas de abordagem, diagnóstico e tratamento.

A catarata é a opacidade do cristalino. No caso da catarata senil a opacidade vem com o passar dos anos e, portanto, com o envelhecimento. Dados publicados na literatura descrevem um aumento de 7 vezes na prevalência de deficiência visual por catarata por década de vida (0,4% no grupo 70-74 anos e 3,3% no grupo de 80-84 anos).

A cirurgia de catarata que antes era realizada obrigatoriamente num hospital com internação de pelo menos 1 dia e anestesia local com sedação atualmente pode ser realizada, na maioria dos casos, em clínicas com centros cirúrgicos especializados ou num “hospital dia”, internação de horas e anestesia tópica (colírio). Os resultados têm se mostrado ótimos e com efetiva melhoria na acuidade visual na maioria dos casos. Vale lembrar que por se tratar de uma cirurgia não é um procedimento simples, mas tem se tornado um procedimento eficiente e com menores riscos. Tais avanços para um paciente idoso são de grande benefício, pois diminuem a sua exposição ao ambiente hospitalar (ambiente “contaminado” rico em bactérias e vírus); o ato é menos agressivo (sabemos que o idoso é sensível a procedimentos cirúrgicos de qualquer espécie); o retorno a suas atividades de dia-a-dia é mais rápido tornando-o “dependente” por menos tempo.

Na cirurgia de catarata o cristalino opaco é retirado e substituído por uma lente artificial que é colocada dentro do olho. As técnicas cirúrgicas e as lentes intra-oculares também sofreram um enorme avanço. Existem lentes intra-oculares com filtros (por exemplo: filtro amarelo), de diferentes materiais (ex: acrílico ou silicone), diferente poder de foco (ex: monofocal ou multifocal). Permitindo que se avalie qual a melhor técnica cirúrgica e a melhor lente intra-ocular a ser aplicada para cada paciente. Tal fato segue uma tendência atual que é a de se “personalizar” a cirurgia sem comprometer a qualidade do resultado.

Mas não foram somente as técnicas e aparatos ligados a cirurgia que avançaram, a própria maneira de se ver o paciente com catarata mudou. Antigamente esperava-se que a catarata estivesse “madura” para então se indicar a cirurgia; hoje a catarata considerada operável é aquela em que o cristalino opacificado já está causando limitação das atividades diárias do paciente. Desta forma não só o grau de opacidade do cristalino é importante, mas as atividades que o paciente efetua e suas necessidades também são levadas em consideração, agregando um fator subjetivo e próprio para cada caso a ser considerado para a indicação cirúrgica.

Dizemos que hoje a indicação da cirurgia de catarata é feita pelo médico e pelo paciente, em conjunto. No entanto, o que é descrito nesse parágrafo não traz verdadeiramente uma novidade, mas permite que nós, como médicos oftalmologistas, mantenham um dos conceitos básicos da medicina que é o olhar humano ao paciente, não tratando a doença, mas o doente. É gratificante ver que muitas vezes a modernidade permite que conceitos simples e antigos sejam mantidos e reafirmados.

O idoso também tem feito um bom uso dos avanços tecnológicos da medicina, pois observamos em todas as classes sociais uma maior preocupação com o seu bem estar, cuidados com alimentação, prática de exercícios e investimentos na prevenção. Os próprios idosos referem que sua visão está piorando, exigem cirurgia mais precocemente e chegam para esta mais hígidos e dispostos - cientes dos benefícios - sem aquele perfil de “coitadinho vai ter de ser operado”.

Mesmo diante de tantas inovações é importante colocar que nem toda catarata tem ou deve ser operada. Muitas vezes mesmo com um pouco de opacidade no cristalino o paciente ainda se beneficia da atualização do seu grau com óculos novos; e as lentes para óculos também vêm se atualizando e as opções são inúmeras dentro de um bom padrão de qualidade.

A catarata é uma das doenças mais freqüentes que acometem os idosos, mas não é a única, a retinopatia diabética, o glaucoma e a degeneração macular relacionada à idade também ocorrem em grande escala. Esta última (a degeneração macular relacionada à idade) também sofreu grandes evoluções no seu diagnóstico e tratamento, mas esse será assunto para outro Portal do Envelhecimento!

Fonte: http://www.portaldoenvelhecimento.com/pforum/aptv40.htm

Concluindo, na oftalmologia os tratamentos e a recuperação nos pacientes idosos têm melhorado e se beneficiado dos avanços da medicina atual não apenas porque são realmente úteis, mas também porque nós estamos atentos a aplicar ou adaptar as “novidades” para os idosos. Estamos interessados em manter e prover a qualidade de visão e, conseqüentemente, sua qualidade de vida. Acreditamos que é valido investir nesta geração ** As informações acima colocadas tem caráter apenas informativo; não devendo ser generalizado para todo paciente e não dispensando o exame médico oftalmológico para diagnóstico e orientação do tratamento a ser realizada em cada caso.





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